Em entrevista ao Fantástico no último domingo (3/8), Whindersson Nunes fez uma revelação pessoalmente tocante sobre sua condição de superdotação, também chamada de altas habilidades.
O humorista e youtuber compartilhou com o público os desafios que enfrentou com esse diagnóstico e como ele afetou sua vida, especialmente em seus relacionamentos.
No programa da Globo, Whindersson falou abertamente sobre os efeitos que a impulsividade e a compulsividade, características comuns na superdotação, tiveram em sua vida pessoal.
“Impulsividade”, foi como ele resumiu essa condição, explicando que isso dificultou suas interações e vínculos com outras pessoas.
Ele também mencionou como a sobrecarga mental causada pela alta capacidade intelectual pode gerar sensações de vazio e, até, levar à depressão.
O diagnóstico e os desafios enfrentados
Whindersson revelou que o diagnóstico de superdotação veio após sua internação em uma clínica de reabilitação, onde ele estava tratando seu vício em álcool.
Ele explicou que queria entender o motivo de seu comportamento em relação ao consumo de álcool: “Só queria se fosse a garrafa inteira. Só querer se fosse demais”.
Foi durante uma série de exames realizados na clínica que veio a descoberta sobre a sua condição, algo que o surpreendeu, pois ele acreditava que esse tipo de diagnóstico estava muito distante de sua realidade.
Ao comentar sobre a descoberta, o humorista disse: “Achei que era algo muito distante, e na verdade não era, às vezes você tem algum nível e não sabe”.
Especialistas explicam que a superdotação pode causar uma sobrecarga mental que resulta em um profundo sentimento de vazio, o que pode levar à depressão.
Whindersson, com sensibilidade, comentou sobre como ele vem lidando com essa questão: “É questão de autoconhecimento mesmo. O que eu posso fazer é me preparar para esses períodos e não deixar esse fundo de poço, esses pensamentos, essa melancolia, te abraçar.”
Impactos nos relacionamentos
Durante a entrevista, Whindersson Nunes também refletiu sobre como a superdotação afetou negativamente seus relacionamentos passados. A impulsividade e a compulsão dificultaram o convívio com as pessoas, especialmente em relacionamentos amorosos.
“Num relacionamento, as pessoas têm horários, têm rotinas, e foi meio difícil pra mim nos meus relacionamentos, porque minha cabeça, às vezes, funciona em determinados horários”, disse o comediante.
Por fim, o humorista compartilhou que, atualmente, sua principal busca não é vencer a superdotação, mas aprender a conviver com ela.
“A minha busca é mais por me conhecer e saber de onde eu tiro a minha arte, entendeu? Às vezes as pessoas estão em busca de outras coisas, de vencer, e eu já não estou mais pensando nisso”, declarou Whindersson, evidenciando uma postura de autoconhecimento e aceitação.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]