Lobão relembra anos na cadeia: “Virei mascote do Comando Vermelho”

Lobão falou sobre os tempos em que passou na cadeia (Imagem: Lourival Ribeiro / SBT)

Em entrevista a Danilo Gentili, no “The Noite”, Lobão falou sobre a carreira, relembrou o tempo que ficou na cadeia e revelou que foi um “mascote” de uma facção criminosa.

“Fui preso de 1986 até 1992, em tudo que era lugar do Brasil eu era preso: a gente era parado na estrada, nos aeroportos, porque o juiz falava que eu era considerado um mal social. Eu mandava todo mundo se foder. Eu já tinha uma algema que levava. Como eu era muito doidão, todo mundo tinha que ser revistado no meu show. Surreal”, narrou.

“Tive que fugir, fui condenado, cumpri três meses e fui morar nos Estados Unidos. Quando voltei, em 1989, continuei sendo preso. Eu ficava com mais 30 pessoas na cela. Na primeira cela tinham três chefes de tráfico. Cheiravam muita cocaína, o lugar era muito quente, ratos, um fedor… Falei: ‘chega de cocaína, vamos adotar o Rivotril’. Jogava Rivotril para todo mundo. Fui adotando medidas higiênicas, as pessoas foram ganhando ternura pela minha pessoa”, continua o cantor.

Entre idas e vindas, o roqueiro acabou virando “mascote” dos criminosos. “Virei mascote, involuntariamente, do Comando Vermelho. Quando saí da cadeia os chefes me levaram pro morro. Tive aula de tiro”.

Questionado a respeito do cenário brasileiro atual, Lobão disparou: “Só creio na atomização do Brasil. Dividir o Brasil em umas 20 instâncias e cada um cuidar da sua vida”.

Sobre o novo trabalho, “Lobão & os Eremitas da Montanha”, ele afirmou: “Me senti na obrigação de fazer um disco depois de tudo que eu escrevi. Foi um desafio porque eu não sou cantor, sou um compositor e eventualmente canto”.

Ele falou ainda que se acha mais compositor do que cantor. “Não sou cantor, sou um compositor e eventualmente canto. Tiveram músicas que eu adoraria cantar e não consegui. Como, por exemplo, o Ritchie. Eu não tinha esse charme. Os Titãs também não consegui colocar nenhuma música”, confidenciou.

Quanto ao rock dos anos 80, Lobão também não fugiu da raia. “O rock tinha um papel muito indefinido. A direita te odiava e a esquerda te achava americanizado”, arrematou.

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