Marcius Melhem falou sobre o humor na política no “Conversa com Bial” e deu detalhes da criação das piadas que têm dominado a nova fase do “Zorra”.
O humorista, um dos responsáveis pelo novo fôlego do programa, comentou sobre misturar as piadas com os candidatos. “O humor é chumbo livre. A gente ali fez um horário eleitoral e comparando candidato a produto. Porque candidato é um produto”, declarou.
“A política é um filme que eu tô tentando achar um mocinho até hoje. A gente está ali para fiscalizar, por mais intencionado que um político possa ser ele também comete erros, também faz alianças complicas, toma caminhos… A nossa função é ajudar no debate público e olha: ‘Tá certo isso?’”, opinou Melhem.
Ele revelou ainda como a equipe do programa faz para não criar problemas com os políticos que estão em evidência. “O cuidado que a gente toma: não misturar nossas paixões pessoas com efetivamente a nossa responsabilidade no debate público. Segundo é mostrar que pau que bate em Chico bate em Francisco”, afirmou.
E continuou: “Não contaminar nossa crítica com um sentimento de que nós temos um lado, que estamos fazendo campanha a favor ou contra a qualquer candidato ou homem público. A gente quer ser vista de uma forma anárquica, democrática, libertária”.
Marcius também falou que as piadas do humorístico não são contra a pessoa, mas as suas atitudes como político. “Primeiro não fazer nenhuma crítica pessoal, mas em cima de fatos e comportamento da vida profissional daquele candidato”, explicou, ao revelar como a Globo faz para não ter processos quando a piada é mais pesada.
“Quando a crítica muito pesada, a gente deixa muito claro quem é mas não da o nome, porque se o político quiser nos processar ele vai ter que dizer que é ele”, revelou Melhem, recebendo aplausos da plateia. “Você dá a carapuça”, disse Pedro Bial.
Ele aproveitou ainda para comparar o “Tá No Ar – A TV na TV”, programa que saiu da programação neste ano, com o “TV Pirata”, da década de 90. “São programas que falam sobre o universo da televisão e usam a televisão para falar de coisas outras que nos interessam pela vida”.
Ainda sobre política, Marcius avaliou que as sátiras na política se expandiu, mas enfatizou que “nem tudo que é engraçado é adequado”. “Você não fala da vida política brasileira sem falar de Ministério Público, Judiciário, Supremo, Policial Federal. São personagens muito recentes no protagonismo político. Na década de 80 era difícil de achar uma charge com politico e polícia federal”, relembrou.
Melhem mostrou também que o Brasil entrou numa nova fase. “A gente não sabe o nome dos 11 jogadores da seleção brasileira, mas sabe de todos os ministros do Supremo”, finalizou, sendo bastante aplaudido.
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