Breno Silveira, diretor de Dom, série da Amazon Prime Video, decidiu se manifestar após diversas acusações de Erika Grandinetti, irmã de Pedro Machado Lomba Neto (1981-2005), conhecido como Pedro Dom, personagem principal da trama, interpretado por Gabriel Leone.
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Na carta destinada ao elenco da produção, ele se defendeu ao afirmar que as declarações eram “imprecisas” e “complicadas“, e que a obra focava em narrar um “problema social e familiar que acontece mais do que imaginamos“.
“Fiquei muito surpreso e triste hoje. Uma das filhas do Victor deu declarações imprecisas e complicadas sobre a série Dom, e eu entendo. Quando tive contato com essa história pela primeira vez, foi o próprio Victor que a trouxe até mim. Um pai e uma filha querendo contar sua própria história. Do outro lado, uma mãe e uma outra filha não querendo falar sobre essa mesma história. Infelizmente, uma família rompida. Sempre achei que pai e filha tinham o direito de querer levar essa história adiante, e assim foi feito“, iniciou.
No texto, Silveira garantiu que todos os acordos necessários para adaptação da história para o audiovisual foram fechados e que os parentes de Pedro Dom tiveram grande participação na construção do roteiro. “Toda a história é contada a partir de um ponto de vista, o ponto de vista que chegou a mim. Pai e filha são sócios do livro que foi base de tudo e da série. Um livro que nunca foi contestado antes por nenhum dos dois lados partes dessa família“, apontou.
O diretor ainda mencionou que parte dos fundos da obra serão destinados ao filho do criminoso, ainda bebê quando o traficante morreu durante uma operação policial.
Por fim, ele destacou a relevância social da produção: “Sabemos da importância de dar visibilidade a temas sensíveis em filmes e séries, pois ampliam questões, geram discussões relevantes e, às vezes, podem até gerar mudanças sociais. Personagens são capazes de transformar nossas percepções e, quem sabe, transformar vidas. Só para dividir com vocês o que está passando aqui dentro“.
Na carta anterior a de Breno, Erika contou que o pai era muito diferente do que retratado na série. “Meu pai cuspia no chão de dentro de casa, era violento quando brigava com a minha mãe. Enquadrava ela como se estivesse falando com um estuprador. Este é o Victor Dantas. Toda intimidação e violência que meu irmão praticou foi aprendida com o pai. Esse pai herói nunca existiu. Meu irmão sempre sentiu dor, mas o pai ensinou que homens não choram”, disse.
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