Chico Pinheiro expõe conversa com direção da Globo após áudio pró-Lula e fala das eleições

Chico Pinheiro
Chico Pinheiro falou sobre momento polêmico da sua passagem pela Globo (Imagem: Reprodução / Globo)

Fora da Globo desde maio, Chico Pinheiro abriu o jogo sobre um episódio bem marcante da sua trajetória na emissora. O jornalista revelou detalhes inéditos do áudio que vazou em 2018, no qual ele comentava a prisão do ex-presidente Lula (PT).

Tudo aconteceu em um grupo fechado de funcionários da Globo e provocou uma repreensão da direção no famoso. Na gravação, o âncora desabafou:

Realizaram o fetiche. O fetiche deles era Lula na cadeia. Não foi feito do jeito que eles queriam, mas o Lula foi. E agora? O que vão fazer agora? Como é que fica? Qual é o próximo passo? Que o Lula tenha calma e sabedoria, inspiração divina para ficar quieto”.

“A direita está louca. Os coxinhas estão perdidos”, comentou ainda Chico Pinheiro, no áudio que vazou e viralizou nas redes sociais.

Ao UOL Entrevista, Pinheiro contou que a sua intenção era animar os participantes da conversa do grupo fechado. “Quis dar um alento. O grupo estava choroso, tinha muita gente de esquerda”, explicou. “Aí vazaram, um grupo passou para o outro. Achei um absurdo que uma coisa vaze”, declarou.

O jornalista, então, logo algum tipo de reação da Globo. “Houve uma conversa com a direção porque isso provocou um barulho muito grande”, revelou. Ele foi para a conversa com o diretor de jornalismo, Ali Kamel, “esperando algum tipo de punição”, mas o executivo se mostrou “solidário” com Chico Pinheiro.

“Ele abriu a porta, estendeu a mão e disse: ‘Fizeram com você uma baita sacanagem’. E acrescentou que fui ingênuo ao fazer o comentário num grupo de WhatsApp”, lembrou o apresentador.

O veterano destacou que Kamel pediu cuidado pois “você [Chico] não fala só por você, mas também pela emissora, então tem que tomar cuidado”. “E depois disso veio um alerta, uma recomendação para jornalistas não se manifestarem, mesmo nas redes sociais, politicamente, de maneira que pudesse comprometer a linha editorial e as posições da empresa. É a lei Chico Pinheiro. Virei nome de lei, mas não houve [punição], foi um tratamento muito respeitoso”, completou.

Sobre as eleições deste ano, ele se diz engajado na campanha presidencial a favor de Lula. “Só por ignorância ou má fé alguém pode ter dúvida”, ressaltou.

Chico Pinheiro garante que entende a demissão da Globo

Na entrevista, ele garantiu entender o processo de renovação na Globo que levou à sua saída e afirmou que o grande concorrente da emissora hoje é o streaming.

O famoso também contou nunca foi obrigado a falar nos telejornais da emissora carioca algo que contrariasse os seus princípios. “É dentro da divergência que a gente vive”, disparou.

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