A luta para encontrar o crush perfeito não é exclusividade da geração atual. Há 36 anos, a história de Jô Penteado, interpretada por Christiane Torloni na novela A Gata Comeu, mostrava os desafios da jovem que chegou a noivar por sete vezes, para encontrar o amor perfeito. A história agora pode ser revista ou assistida pela primeira vez com a reprise da obra no Globoplay.
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Em entrevista ao Metrópoles, a artista relembrou o grande sucesso e de que forma ficou marcada pela experiência de interpretar uma das mais icônicas personagens da televisão brasileira.
“A Jô Penteado é a segunda protagonista que eu faço, a primeira foi Gina , da Janete Clair, que era mais dentro das características das mocinhas, uma típica heroína. Já a Jô é uma anti-heroína, que é aquela personagem que traz toda humanidade que nós temos, com os nossos defeitos, nossos erros, nossos flagelos, nossas misérias, mas também com todas as nossas infinitas possibilidades de generosidade, empatia, amor. Então são personagens que abrem um espectro de identificação para o público que é maravilhoso porque nós não somos perfeitos“, iniciou.
A famosa ainda revelou quais momentos foram mais marcantes na época das gravações: “A novela é repleta de momentos inesquecíveis, mas um que particularmente me toca é o fato de em alguns momentos eu contracenar com a minha mãe. Coisa que raríssimamente voltou a acontecer. É um registro histórico e magnífico das duas em cena“.
A trama alocava boa parte das suas gravações no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, e foi lá que Christiane fez boas amizades. “Pessoas abriam suas casas para fazermos trocas de roupa, ofereciam lanchinhos, fomos muito acolhidos pela comunidade. Até hoje algumas pessoas dos inúmeros fãs clubes da novela fazem um tour pelo bairro, pelos lugares onde as cenas foram gravadas“, contou.
Para a estrela, a possibilidade de que novas gerações revisitem o folhetim através do streaming é um feito e tanto.
“Antes isso era coisa para colecionador, que arquivava essas novelas em VHS, e agora todos têm a oportunidade de ver e rever esses trabalhos. É uma forma de imortalizar essas obras. Acho uma sorte viver nesse tempo em que isso é possível, das pessoas poderem matar a saudade de Jôs, Helenas, e tantas outras personagens inesquecíveis da nossa dramaturgia. É incrível essa possibilidade do passado se tornando para sempre uma coisa do presente“, concluiu.
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