Debora Bloch, a talentosa atriz conhecida por seu papel de Odete Roitman, em Vale Tudo, tem usado sua influência para discutir temas importantes, como a injustiça tributária no Brasil.

Em uma recente publicação em seu perfil no Instagram, Bloch criticou as desigualdades do sistema tributário nacional e se posicionou a favor de um imposto sobre grandes fortunas.
Através de um comparativo entre personagens da novela, a atriz trouxe à tona as distorções no modelo de arrecadação e reafirmou a necessidade de um sistema mais justo.
A crítica de Debora Bloch
Atualmente, no remake de Vale Tudo, Debora Bloch interpreta a bilionária Odete Roitman, um ícone da TV Globo conhecida por sua hipocrisia e desprezo pelas classes populares.
Na postagem feita no dia 10 de julho, Bloch aproveitou a ironia da personagem para se manifestar sobre a justiça tributária. Ela destacou que, enquanto na ficção “vale tudo”, na vida real, a justiça fiscal precisa ser uma prioridade.
Em sua publicação, Debora Bloch compartilhou uma série de imagens que comparam a carga de Imposto de Renda (IR) de diferentes personagens da novela.
O resultado foi um retrato claro das distorções do sistema tributário brasileiro, em que pessoas com rendas mais baixas acabam pagando uma alíquota mais alta que as classes mais privilegiadas.
Por exemplo, a cozinheira Raquel, personagem de Regina Duarte, pagaria 7,5% de IR, enquanto a bilionária Odete Roitman teria uma alíquota de apenas 2%.
Outros personagens, como a secretária Aldeíde e o executivo Marco Aurélio, também são mostrados pagando menos impostos que personagens com rendas mais baixas, como Solange, a diretora de arte, que teria uma carga de 27,5%.
O apoio à taxação de grandes fortunas
Debora Bloch se juntou ao coro de intelectuais e figuras públicas que defendem a criação de um imposto sobre grandes fortunas no Brasil.
Segundo dados do UOL, a implementação desse tributo poderia gerar uma arrecadação de até R$ 1,3 trilhão por ano, o que representaria uma significativa fonte de recursos para o país.
A atriz também fez referência a uma declaração de Walter Salles, cineasta e herdeiro de uma das maiores fortunas do Brasil, que defende um país mais justo e igualitário, algo que Bloch endossa com sua postura pública.

Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]