Em breve o público vai se deparar com um rosto novo em cenas dos próximos capítulos de Um Lugar ao Sol. Trata-se de Ruan Aguiar, um jovem de 22 anos que vai integrar o elenco do folhetim das nove no papel de Damón.
VEJA ESSA
Órfão de pai aos 11 anos, o jovem foi descoberto pela diretora do folhetim, Lícia Manzo, e chegou a fazer pequenas participações nos folhetins globais, como Malhação e Amor de Mãe.
“Entrei para um curso de interpretação, o Oficina de Atores (coordenado por Thiago Cantarelli), e em três meses eu já estava numa turma com adultos, me preparando para uma peça com eles. Pensei: ‘Pode ser um caminho a seguir’. Fiz mais de dez cursos, todos com bolsa de estudo. Até 2017, eu já tinha feito 20 peças de teatro. Atualmente são 26“, disse à Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
No folhetim, o rapaz vai viver um pichador que se envolve com Joy (Lara Tremouroux):
“Uma vez eu tinha ido fazer teste na Globo e, por acaso, encontrei a Lara e o Juan Paiva na praça de alimentação dos Estúdios. Ficamos ali conversando por um tempo. E eu comecei a declamar para eles um slam que tinha feito. Em alguns minutos, vi uma mulher se aproximar e me perguntar algumas coisas. Era a Lícia Manzo (autora da trama). Ela disse que ia escrever um papel para mim”.
“Eu, que estava esperando a ligação do teste, recebi a do Maurício Farias com esse papel. Acho que na novela vão aparecer dois textos de slam que eu fiz e um outro que a autora fez comigo. O Juan e a Lara são pessoas maravilhosas. E por um acaso do destino estar ali com eles me levou a essa oportunidade”, confessou.
Novo ator de Um Lugar ao Sol passou por dificuldade
Antes de trabalhar como ator na Globo, Ruan chegou a tentar a vida de outra forma: “Eu me apresentava nos vagões do metrôs. Durante uma época, ficava incomodado com algumas coisas, entre elas, a maneira como os passageiros me recebiam. Então, passei a entrar fingindo que estava bêbado. Oferecia, simbolicamente, uma dose de bebida. Essa era uma dose de reflexão”.
O artista abriu o coração ainda e disse que chegou a receber ajuda durante a pandemia, já que sua mãe, a pedagoga Tânia Bandeira, está desempregada:
“Durante a pandemia, fiquei mais de um ano sem dinheiro. O que eu tinha acabou em junho de 2020. Fiquei até maio de 2021 recebendo doações de cesta básica de muitas pessoas. Outra ajuda muito simbólica foi de uma amiga que vendia chás para emagrecer. Ela me deu 40 produtos e eu ia ganhar uma comissão. Eu saí pela rua para oferecer para as pessoas, vendi 35 e conseguimos fazer nossa ceia de Natal no ano passado. Com os anos, tenho amadurecido e venho querendo falar para as pessoas o que de fato molda a minha vida: o trabalho, a dedicação”.
