Erika Januza revelou que mesmo com a fama não está isenta a sofrer discriminação devido a cor da sua pele. O desabafo ocorreu durante uma conversa com Ndeye Fatou Ndiaye, estudante de 15 anos de um colégio no Rio de Janeiro, que sofreu racismo em um grupo virtual da escola.
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“Neste momento, como atriz, já passei [racismo]. Mas antes também. Eu trabalhava como secretária, mas sempre tinha uma coisa de olharem: ‘Quem é essa menina que está aqui na recepção, na porta de entrada do lugar?’“, relatou ela que, antes da pandemia estava no ar como Marina, em Amor de Mãe.
A atriz ainda lembrou outro episódio na qual foi desmerecida após vencer um concurso de beleza. Na ocasião, Erika foi atacada pela mãe de uma das concorrentes. “A mãe de uma menina que ficou em segundo lugar me chamou de ‘horrorosa’ porque eu ganhei. Será que ela agiu assim porque a filha dela era loira e eu sou negra?“, indagou.
Ela ainda lembrou um episódio recente no trânsito. “Um dia eu estava aqui na Barra [da Tijuca], me chamaram no trânsito por causa de um negócio que aconteceu no engarrafamento. ‘Tinha que ser neguinha mesmo!’“, lembrou a atriz.
“Aquele negócio me deu tanta raiva. Me cegou de indignação! Ele foi embora no carro e não tinha como eu ir atrás. (…) O fato de ser atriz não me blinda de nada, diminui. Quem achava feia, agora acha linda, quem achava ‘preta demais’ agora diz: ‘Nossa, você tem os traços finos…’. Tem um bloqueio por causa da profissão. Mas as coisas acontecem“, garantiu.
Sobre a sua personagem na novela das 21h, Erika adiantou que a atleta vai ter uma virada. “Eu ia voltar a gravar as reviravoltas e aí entramos na pandemia. (…) Eu já sei o que vai acontecer com ela, mas não posso contar. Vai ser muito bom“, assegurou.
