Lembrada até hoje pela personagem Agatha na novela “Avenida Brasil” (2012), da Globo, a atriz Ana Karolina Lannes assumiu sua bissexualidade no ano passado, aos 18 anos. Agora, ela surpreendeu a todos com um vídeo nos Stories do seu perfil.
Na publicação feita pela sua namorada e compartilhada por ela, a atriz aparece dando beijos apaixonados na amada e se declara. “Entre tapas e beijos & mordidas”, escreveu Ana na legenda, para a surpresa dos seguidores e fãs.
Hoje, Karol já não mora mais com os pais e se mudou de São Paulo para estudar Artes Cênicas na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS). Lá, a ex-atriz mirim da Globo trabalha como DJ em uma boate LGBT.
“Nunca escondi, mas também nunca falei com todas as letras. Até por conta dos meus pais, porque eu sei da exposição que isso causaria para eles. Mas eu acho que agora cada um está tendo a sua vida. Eu sou lésbica, e não é porque eu fui criada por pais gays. Esse julgamento é o meu maior medo”, disse a atriz ao jornal Extra.
Ex-atriz da Globo fez revelações
A atriz, vale lembrar, foi criada por dois pais, Fábio Lopes e o seu companheiro, o dermatologista João Paulo Afonso. “Contei um pouco antes de sair de casa. Eles tiveram uma reação um pouco controversa”, afirmou à mesma publicação.
“O medo deles seria de eu passar por coisas ruins, como as que eles devem ter passado. Eles me apoiam, perguntam se eu estou namorando e respeitam as minhas escolhas”, explicou a eterna Agatha de “Avenida Brasil”.
“Já vi muitos comentários no Instagram dizendo que eu ia ser lésbica porque os pais são gays, mas se dependesse dos meus pais, eu ia ser o hétero mais hétero do mundo, eu ia gostar de homem, porque a vida inteira eu vi eles falando de homens bonitos e isso e aquilo”, disse a ex-Globo.
“E outra: os meus pais queriam que eu fosse a princesinha. Então, não tinha sentindo nenhum eu ser ‘sapatão’. Hoje em dia, eu sou muito mais ativista. Aqui em Campo Grande, vou na Parada Gay, tenho um trabalho com a casa que abriga homossexuais despejados de casa. É uma causa muito linda. Eles fazem sarau, eu toco e canto”, garantiu.
“A casa em que eu toco (como DJ) é uma casa LGBT. E sempre que eu posso, eu divulgo as drags. São poucas as atrizes que são assumidas, porque elas têm muito medo de rejeição. ‘Ah, dizem que uma sapatão não pode fazer um papel hétero. Quantos anos já faz que essas atrizes têm essa sexualidade? Desde sempre. E por que agora?”, questionou.
“Porque agora a gente está tendo uma voz que vai contra uma voz que está nos difamando e nos ameaçando. Na época da escola, uns moleques pegavam no meu pé quando eu não queria ficar com eles, mas só. Não sofro preconceito, mas ele existe. Eu só ando com pessoas que eu sei que vão me aceitar do jeito que eu sou”, finalizou a atriz.
