Exclusivo: Afiliada da Globo toma atitude com repórter que agrediu vizinho idoso

Rodrigo Maia
Em 2018, Rodrigo Maia convocou uma coletiva de imprensa para explicar as agressões que cometeu (Imagem: Reprodução / Facebook)

O repórter da TV Gazeta, afiliada da Globo no Espírito Santo, Rodrigo Maia, segue trabalhado na produção da emissora. Seu afastamento do vídeo se deu quando Maia, em 2018, agrediu um idoso com socos no condomínio onde morava, em Vitória.

Procurada pelo RD1, a TV Gazeta explicou, por meio de uma nota, a situação do jornalista dentro de seu jornalismo local. Segundo o veículo, Rodrigo não fora afastado do canal, como muitos pensavam. A assessoria de imprensa da TV não detalhou o processo, mas revelou que o profissional segue com seu vínculo.

“Após o episódio, Rodrigo Maia foi afastado da reportagem e assumiu a função de produtor da TV Gazeta. A Rede Gazeta esclarece que aguarda a conclusão do processo na Justiça, no qual não possui nenhum envolvimento e, portanto, não cabe se manifestar sobre o assunto“, diz a nota.

Rodrigo Maia alegou que sofria bullying do vizinho e que, na ocasião, perdeu a cabeça e partiu para a agressão física quando encontrou o morador dentro do elevador, onde tiveram uma discussão.

Relembre o caso

O jornalista Rodrigo Maia agrediu um idoso dentro de um prédio em Vitória, capital do Espírito Santo. Maia, que é repórter da TV Gazeta, afiliada da Globo, foi filmado pelas câmeras de segurança do condomínio onde a confusão ocorreu.

Nas imagens, Rodrigo aparece filmando o idoso no elevador. O aposentado Nildo Ferreira, 69, estava companhado da esposa. O repórter coloca o celular no chão e parte para cima de Nildo. A briga termina do lado de fora do elevador, no chão da garagem, com o jornalista agredindo o idoso com chutes e socos.

De acordo com o site Gazeta Online, da Rede Gazeta, onde Maia estava como repórter do ES 1 e ES 2, o equivalente ao SP 1 e SP 2, Nildo contou que é vizinho de Rodrigo Maia e as discussões começaram por conta do barulho vindo do apartamento do repórter.

De acordo com o morador, a agressão foi motivada por conta das reclamações feitas ao jornalista, mas sem sucesso. Diante disso, o jornalista da TV Gazeta optou por resolver a confusão.

Repórter esclarece confusão e “explica” agressões

Após se envolver em uma confusão, o repórter Rodrigo Maia reapareceu em uma coletiva de imprensa para esclarecer os fatos e detalhar o que houve.

O jornalista falou sobre a violência que praticou contra Nildo Ferreira, 69, vizinho no condomínio localizado na Praia do Canto, em Vitória. Maia alegou que vem sofrendo ameaças de Nildo há mais de um ano, quando o idoso passou a enviar cartas por baixo de sua porta reclamando do barulho no apartamento.

“A imagem não está na íntegra. Tudo começa quando eu saio do edifício e ele está entrando no condomínio. Ele já sai do carro me puxando para briga. Eu saio, entro no condomínio novamente, pego o elevador e quem está lá é a síndica do prédio. O elevador para na garagem e ele entra. Ele vem, começa a me agredir, me empurra várias vezes, eu pego meu celular e tento filmar, depois ele me empurra mais, me dá uma cabeçada, começa a me dar soco e aí que eu parto pra cima”, disse o jornalista.

Rodrigo Maia seguiu na explicação aos colegas da imprensa. “Eu imobilizo ele e inclusive ligo para a polícia. Eu faço quatro ligações para a polícia pedindo tanto a polícia quanto o SAMU. Porque ele mesmo no chão continua me agredindo e pedindo para sair. Imobilizei ele por 20 ou 30 minutos até a chegada da Guarda Municipal”, afirmou

Rodrigo ainda disse que a agressão não é justificada, mas afirma que se descontrolou por conta das pressões e assédios que suportou. “Eu não estou aqui pra justificar as imagens, mas elas são um ponto final de um ano que eu venho recebendo cartas todas as noites e início de madrugada quando eu chegava do trabalho. Esse senhor colocava debaixo da minha porta várias cartas me ameaçando, e dizendo que eu estava fazendo muitos barulhos, martelando a parede dele”, declarou.

O repórter alegou que tentou conversar com o morador por várias vezes, mas não obteve êxito e as cartas continuaram. “Tentei entrar em diálogo com eles várias vezes dizendo que não tinha porque martelar a parede. As cartas continuaram. Tenho dois boletins de ocorrência, um de fevereiro e outro de setembro deste ano, porque cada vez mais (aconteciam) as ameaças dele, agressões verbais no corredor, porque ele diz que ouve barulhos”, garantiu.

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Reuber DiirrReuber Diirr
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!