Exclusivo: Diretor do “Casos de Família” rompe o silêncio, desmente boatos e faz revelações

Christina Rocha e seu diretor, Rafael Bello (Imagem: Reprodução/Instagram)

Após muitos boatos de que o “Casos de Família” pode acabar, o diretor da atração, Rafael Bello, conversou com exclusividade com o RD1 e esclareceu algumas dúvidas sobre o vespertino comandado por Christina Rocha no SBT. Bello questionou a veracidade de matérias que falam do futuro do programa sem informações concretas e reforçou a tranquilidade perante os números de audiência.

“É muito importante que haja jornalistas como vocês do RD1 que ligam para o diretor e buscam a informação verídica. Há jornalistas que não fazem uma pesquisa real e não ligam para o diretor a fim de saber o que vai acontecer com o programa. Se vai sair do ar ou não. Está desgastado o formato ou não está atingindo o ibope… É importante você participar desse tipo de notícia para que você não acorde num dia sem saber de nada”, começou Rafael.

Sobre a audiência da atração, Bello disse: “É impossível você estar vice-líder diariamente durante 10 anos no ar. Nosso programa vai de segunda à sexta e estamos há 10 anos, data que foi celebrada no dia 4 de maio. É óbvio que alguns programas, às vezes, estão melhores, outras, não tão bons. É cíclico. É um momento que você chega a um ponto em que você queira manter essa audiência, mas cai por qualquer razão. Tudo vai mudando e, atualmente, temos diferentes concorrentes. Nem sempre dá para manter a vice-liderança por tantos anos”.

O diretor ainda enfatizou que a audiência é instável quando se tem uma concorrência tão acirrada. “É óbvio que um dia você vai estar em segundo, em outro, em primeiro, em outro, em terceiro, enfim, eu acho que o importante é você fazer um trabalho honesto e verdadeiro como a paixão que a gente tem para fazer ‘Casos de Família’, pois Christina [Rocha] é totalmente comprometida. Eu e minha equipe somos totalmente comprometidos com o programa”, ressaltou.

“Eu poderia estar em Miami fazendo qualquer outro programa ou pelo mundo, como fiz durante muitos anos, mas estou aqui fazendo o que faço e com muita paixão. Eu faço com amor e porque gosto. Eu faço por ser uma missão social, por outro lado, tem que ser entretenimento e precisamos de audiência, lógico, de faturamento, e temos tudo isso”, contou. “Há momentos que a audiência não está como eu gostaria, mas há outros que está maravilhosa“, revelou.

Sobre os números, Bello reforçou que a atração se mantém há 10 anos vice-líder. “Eu fico preocupado com boatos que falam que o programa está desgastado. Estamos há 10 anos. Oprah Winfrey ficou 25 anos no ar. Tem um monte de programas que ficaram muitos anos no ar por ser um formato que é econômico, dá pouco problema para a emissora e que tem muito faturamento além de um ótimo ibope. É um formato que sempre terá histórias atuais. O ‘Casos’ é um talk show que não precisa de quadros. Temos muitas histórias que vão mudando ao longo dos anos”, disse.

Na linha da transição de público, Bello ressaltou a capacidade com que o programa se encaixa às mudanças temporais. “Há 10 anos, por exemplo, não se falava de Instagram, agora se fala e isso faz parte dessa nova história. E há 20 anos, infidelidade era tema e hoje continua. Então, quando se faz um programa de violência doméstica, infidelidade, sobre assumir sua sexualidade aos pais… Tudo isso continua e não vai mudar nunca. O ser humano é isso e sempre vai ter história para os talk shows, pois além de ser importante para o público, tem uma visão social porque é sempre bom alertar as mulheres de violência doméstica e abuso sexual, enfim, temas que apresentamos no programa, eu acho que é muito importante para alertar à sociedade. É também, entretenimento para quem gosta de assistir talk show”, explicou.

Sobre a vice-liderança, o diretor comentou que, segundo dados divulgados pelo Kantar Ibope Media, e já divulgados aqui no RD1, a atração de Christina Rocha retomou a vice-liderança na última semana, mas pouco se falou sobre. “Só um dia, ou dois, perdemos, o que é normal. Depois de 10 anos”, disse Bello que contestou a falta de apuração de alguns jornalistas.

“Falam que o programa está totalmente desgastado, o formato está desgastado, o Ibope caiu… Pera! Todos os programas do SBT já tiveram momentos de vice-liderança e momentos em que estiveram em terceiro lugar. Isso não significa que o programa é péssimo ou está malfeito. Isso é cíclico. Isso que eu fico muito incomodado com o que é dito”, disparou.

Em relação à possibilidade de Christina Rocha deixar o “Casos de Família” e ir para outro programa, Rafael Bello negou tal fato. “Não. Nunca teve proposta de nada pra ela ir a lugar nenhum. Ela adora fazer ‘Casos de Família’ e tem comprometimento com o programa. Nós começamos há 10 anos juntos”, garantiu.

Rafael aproveitou para negar a informação de que Christina Rocha estaria sendo remanejada para o “Fofocalizando”. “[Essa informação] a Christina sabe porque saiu essa nota, mas, na verdade, quando conversamos sobre isso, ninguém sabia de nada. A direção e os chefes [do SBT] me falaram que isso não existia tal chance. O programa [‘Fofocalizando’] está no formato que eles têm esse momento com os apresentadores e está funcionando desse jeito. Eles dão uma audiência impressionante nesse horário, pois é difícil concorrer contra as emissoras adversárias. Não dá para ser todos os dias vice-líder, mas estamos fazendo o melhor trabalho possível”, observou.

A vice-liderança é nossa

O diretor contou que entre os dias 1 e 10 de agosto, o “Casos de Família” retomou a vice-liderança com folga. No dia 30 de julho (terça-feira), o programa marcou, entre 16h17 e 17h30, 6,6 pontos de média (13,2% de share) e 8,1 pontos de pico, ante 5,4 (10,9%) da Record e 3,5 pontos (7,1%) da Band. A Globo ficou em primeiro lugar com 16,9 (33,7%).

No dia 1º de agosto, “Casos” marcou, entre 16h16 e 17h28, 5,9 pontos de média (12,7%) e 6,9 pontos de pico. No mesmo horário, a Record anotou 5,2 (11,1%), seguida pela Band, com 3,3 pontos (7,1%), enquanto a Globo se manteve em primeiro com 14 pontos (30,1%).

O programa comandado por Christina Rocha seguiu no segundo lugar no dia 2 de agosto com 6 pontos (11,9), entre 16h16 e 17h28, e cravou pico de 6,8 pontos. No mesmo horário, Record marcou 5,3 pontos (10,5%), Band, 4,3 pontos (8,7%) e a Globo, líder, 14,4 pontos (28,7%).

No dia 5, segunda-feira, o “Casos de Família” seguiu como vice, entre 16h17 e 17h18, marcando 6,1 pontos (12,1%) com 7 pontos de pico, enquanto a Record consolidou 5,4 pontos (10,6%) e a Band cravou 3,9 pontos (7,7%). A Globo seguiu na liderança com 16,3 pontos (32,3%).

O vespertino permaneceu na vice no dia 6 de agosto com 6,1 pontos (13,1%), entre 16h17 e 17h18, e pico de 6,9 pontos. Na mesma faixa horária, a Record amealhou 5,4 pontos (11,7) e a Band, 2,9 (6,2%). A Globo, líder, marcou 15,7 pontos (33,8%).

No dia 7 deste mês, o vespertino do SBT reinou absoluto no segundo lugar com ampla vantagem sobre os concorrentes. Entre 16h16 e 17h17, o título marcou 6,5 pontos (14,3%) com picos de 7 pontos. Já a Record ficou com 4,3 pontos (9,4%) e a Band, 3,5 pontos (7,6%). Líder absoluta, a Globo cravou 15,5 pontos (34%).

Na quinta-feira (8), o “Casos de Família” não perdeu o posto e cravou, entre 16h17 e 17h18, 5,9 pontos com pico de 7 pontos (13,1%). Na mesma faixa horária, a Record marcou 4,6 pontos.

Na sexta-feira (9), a atração seguiu vice-líder e obteve, entre 16h16 e 17h18, 5 pontos de média (11,2%) e pico de 6 pontos. No mesmo horário, a Record ficou em terceiro lugar com 4,1 pontos de média.

Já na última segunda-feira (12), o SBT viu seu programa estacionar na vice-liderança com facilidade. Entre 16h16 e 17h18, o “Casos de Família” registrou 5,9 pontos de média (12,5%) e pico de 7 pontos. A Record manteve-se no terceiro lugar com 5,5.

Perseguição ao programa

Rafael Bello comentou sobre a perseguição que o “Casos de Família” vem sofrendo há anos por uma parte da imprensa. “Se o programa não agradasse ao público, não daria os números que dá desde que começamos em 2009. Christina conhece melhor o público do Brasil, mas pelos 10 anos que estou aqui, não sei se é porque é um programa popular e isso causa tal perseguição. Eu acho que nosso programa é um espelho da sociedade deste país”, comparou.

“Eu sempre escuto uma história em que teve um problema, mas quando aparece no ‘Casos de Família’, as pessoas falam que o programa é ‘barraco’. Não concordo! Eu vejo assuntos polêmicos, como brigas por exemplo, sendo veiculados em vários programas de TV e ninguém os tacha de ‘barraqueiros’. Confusões fazem parte da vida e um programa popular apresenta as histórias da vida das pessoas”, defendeu-se.

“Até onde nós sabemos, são histórias reais que apresentamos e que fazem parte da nossa sociedade brasileira. Não sei se porque as pessoas se acham donas da verdade com a internet, saem falando o que bem entenderem. Eu acho que tem espaço para todo mundo na televisão e eu fico muito feliz em ver programas com audiência menor, mas com boa qualidade de produção. Eu assisto muitos programas para comparar, para poder ver e aprender. Para saber o que está se passando na televisão. Eu vejo, por exemplo, programas cuja verba é limitada para a produção, mas estão se esforçando para fazerem um trabalho digno e legal”, pontuou Rafael.

Sobre as críticas ao programa que dirige, Rafael Bello destacou a diferença entre pessoas frustradas e evoluídas. “Eu acho que há pessoas frustradas e que só sabem criticar. É essa a diferença entre o ser humano que está evoluído e o que está frustrado e que só sabe criticar. Tem gente que acha que o programa vai acabar e fica feliz. Feliz porquê? Em que vai ajudar a pessoa caso o programa acabe? Vai colocar outro [programa] no lugar e nesse horário. Essa é a diferença de uma pessoa do bem, que tem uma energia positiva e que fica feliz com o sucesso do outro”, comparou.

“Eu não sei se temos uma perseguição e, se tem, não sei o motivo. Eu acho que, se temos essa audiência desde 2009, quando Christina Rocha e eu assumimos o novo formato do programa, as pessoas assistem. Às vezes são assuntos engraçados e que servem, também, de orientação para quem está em casa. Um alerta mesmo”, reforçou.

Feedback de Silvio Santos

Rafael Bello contou que recebe retorno de Silvio Santos sobre o atual momento do “Casos de Família”. “Silvio foi quem me fez a proposta de vir morar no Brasil em 2009, quando ele queria implantar um formato mais americanizado e mais talk show, período em que eu estava fazendo, pela Univisión, nos Estados Unidos, um projeto similar. Ele gosta de um formato ‘limpo’, sem muitos elementos no programa. Talk show é o que você vê, que a gente faz, são histórias que se apresentam e que têm um bate-papo com a apresentadora. Não dá para colocarmos quadros diferentes”, revelou.

Seguindo as orientações de SS, Bello contou as dicas que recebe do apresentador do SBT. “Silvio diz que brasileiro gosta de arroz e feijão no que tange assistir TV. Teve uma época que queríamos fazer um programa mais visual e colocamos elementos no palco da atração que conversavam com os temas e a produção gostava muito, pois usava muita criatividade. O Silvio, então, chamou-me e disse: ‘Não. O talk show é um bate-papo. É conversa. Temos que voltar ao arroz e feijão que as pessoas gostam’, e a gente voltou com o formato”, disse, emendando: “Silvio sempre dá esse feedback de talk show original como sempre se faz e como fez Oprah Winfrey por décadas. Um formato que ele gosta é o do ‘Casos de Família’ do México cuja apresentadora é autêntica e segue a mesma linha que Christina Rocha faz no Brasil”.

Sobre Christina Rocha, Rafael disse que Silvio gosta da apresentadora no comando do programa. “Silvio gosta de Christina Rocha porque ela é autêntica diante das câmeras e ele gosta disso. Eu deixo ela muito à vontade para fazer do jeito natural dela enquanto estou dirigindo o programa”, confidenciou.

Faturamento em alta

Sobre faturamento, o diretor contou que sempre teve um faturamento muito bom. “Temos patrocinadores muito fiéis e que estão conosco até hoje e eu sou muito agradecido por essa parceria. Eu não posso reclamar de faturamento. O ibope muda, às vezes, mas o faturamento segue muito bem”, explicou.

Missão social na TV

Em relação ao programa continuar, Rafael Bello disse que depende de muitos fatores como audiência, faturamento e público, mas ressaltou que é importante que as pessoas aceitem a atração em casa. “É importante que haja aceitação do público que, pelo que entendemos, está assistindo desde 2009 que é desde quando trabalho para as pessoas no Brasil”, começou o diretor.

“Eu não tenho ouvido dos meus chefes que não haverá mudança alguma nesse sentido. Estamos fazendo programas muito legais e interessantes sob o comando da Christina Rocha que dá seu sangue pela atração e conduz com muita maestria e profissionalismo”, reforçou.

“Quando fiz o programa ‘Sevcec Show’, nos Estados Unidos em 2010, que ganhou um Emmy [prêmio considerado o Oscar da TV mundial] tínhamos críticas, mas por outro lado, a missão social sempre marcou e as pessoas falavam bem. Por isso ganhamos o prêmio. Essa é a diferença entre o público brasileiro e o norte-americano. Nós entrevistamos a família que teve um caso de abuso sexual infantil nos EUA. Também tocamos no tema das festas ‘rave’ com o programa ‘Martha Susana Show’, que nos deu um prêmio quando mostramos que os filhos mentiam para os pais a fim de frequentar essas festas que são marcadas por muitas drogas. As pessoas não viam aquilo como apologia, mas um alerta às famílias”.

“No Brasil, as pessoas falam que fazemos apologia às drogas, violência etc. Não. Nós estamos abrindo os olhos de muitas pessoas que nem sabem o que significa isso. Isso me deixa muito preocupado porque as pessoas só veem a parte negativa, mas não é isso. Nós temos muitas partes positivas. Nós fazemos com o carinho de ter uma missão social, além do entretenimento que muitas pessoas gostam de ver”, destacou.

Rafael, por fim, ressaltou o comprometimento da apresentadora em defender as pessoas que estão em posição desfavorecida e precisando de apoio ou uma orientação. “A única apresentadora que bate de frente com as pessoas é Christina Rocha, sem medo nenhum. Ela enfrenta homens que batem em mulheres por se colocar na posição delas, mas ninguém fala isso”, finalizou o diretor.

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Reuber Diirr
Escrito por

Reuber Diirr

Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!