A novela que João Emanuel Carneiro desenvolve para a faixa das 21h, com lançamento previsto para 2021, deverá contar com Sophie Charlotte. Informações obtidas com exclusividade pela coluna apontam Sophie como nome pretendido para uma das personagens centrais da produção – com direção geral de Gustavo Fernandez e artística de Carlos Araújo. Lilia Cabral, antes cotada para a protagonista entregue a Gloria Pires, segue no elenco.
VEJA ESSA
É justamente para uma das filhas da vilã reservada a Glorinha que Sophie está cotada. A figura é irmã da deficiente visual, e chef de cozinha, humilhada pela mãe; Letícia Colin responderá por esta personagem. Cabe lembrar que a trama também acompanha a trajetória de um garçom que aceita assumir a culpa por um crime que não cometeu mediante pagamento. Acontece que a polpuda quantia não vai para o bolso do jovem, que decide fazer a Justiça buscando o verdadeiro criminoso.
Sophie Charlotte está longe do horário “mais nobre” desde 2015, quando participou da controversa Babilônia. Nos anos seguintes, atuou na supersérie Os Dias Eram Assim (2017) e Ilha de Ferro (2018), original Globoplay. Ela também gravou as ainda inéditas Todas as Mulheres do Mundo e O Anjo de Hamburgo, primeira produção da Globo totalmente falada em língua inglesa. No momento, Sophie pode ser vista na “edição especial” de Fina Estampa (2011), como Amália.
Pingue-pongue
- Importante ressaltar que todos os processos de escalação da Globo dependem, hoje, do cronograma da emissora para os próximos meses. Produções no ar, como Salve-se Quem Puder e Amor de Mãe, e estreias, casos de Nos Tempos do Imperador e Um Lugar ao Sol, foram suspensas por conta da pandemia de coronavírus.
- A expectativa, neste momento, é de que Um Lugar ao Sol – primeiro folhetim de Lícia Manzo para às 21h – estreie em novembro, passada a cobertura das eleições municipais. Na sequência, claro, da conclusão de Amor de Mãe. Resta saber, porém, quando as gravações desta serão retomadas…
- Salve-se Quem Puder deve seguir até o fim do ano, empurrando o lançamento de A Morte Pode Esperar para janeiro. O primeiro trabalho de Mauro Wilson como titular será precedido por Cara e Coragem, de Cláudia Souto. Com isso, o ex-Record Gustavo Reiz chegará à tela da Globo em 2022.
- O mesmo deve acontecer com Nos Tempos do Imperador. A substituta da trama de Alessandro Marson e Thereza Falcão deve pintar na telinha apenas em 2021. Além da Ilusão, com texto de Alessandra Poggi e direção artística de Pedro Vasconcelos, terá a ex-SBT Larissa Manoela como protagonista.
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O perfil DoisTV, mantido pelo amigo Caio Souza no Instagram, está atento às lives que muitos famosos têm feito nestes dias de quarentena. E foi numa dessas transmissões que Claudia Jimenez anunciou sua volta aos Estúdios Globo. Em bate-papo com Carolina Dieckmann, a atriz adiantou que as duas vão marcar presença em A Morte Pode Esperar. Marcos Caruso também está escalado. Cabe lembrar que Giovanna Antonelli, Mateus Solano e Valentina Herszage responderão por três dos quatro protagonistas; dentre os pretendidos, Vladimir Brichta e Elizabeth Savala.
A talentosíssima Talita Younan, que poderá ser vista na reprise de Malhação – Viva a Diferença (2017) como KY, atendeu chamado da Record para Gênesis. Talita viverá Liba na terceira fase do folhetim bíblico, ainda sem estreia agendada. A sobrinha de Gomer (Giuseppe Oristânio) tenta fugir das investidas de Ninrode (Pablo Morais). Mas, apaixonada, acaba cedendo à tentação, despertando o ciúme doentio de Semíramis (Francisca Queiroz).
A Cultura estreia na próxima quarta-feira (1°), às 19h45, A Feiticeira (1964). Na estação ligada à Fundação Padre Anchieta, a série estrelada por Elizabeth Montgomery terá exibição semanal – diferente do que ocorre no Canal Viva, que veicula o clássico nas manhãs de segunda-feira a sexta-feira. Além da ‘Feiticeira’, a Cultura contará, ainda em abril, com Jeannie é Um Gênio (1965), outro destaque do canal fechado pertencente ao Grupo Globo.
Em alta
Palmas para Ângela Chaves e Gloria Pires, autora e protagonista de Éramos Seis. A terceira versão do texto de Rubens Ewald Filho e Silvio de Abreu, baseado na obra de Maria José Dupré, saiu de cena na última sexta-feira (25). Ângela atualizou o enredo sem descaracterizá-lo; alinhou a narrativa de época à atualidade, exaltando a força feminina e possibilitando o final feliz de Lola – após “flertar” com as adaptações anteriores, explorando a solidão da heroína enquanto instalada num asilo.
À frente deste clássico, e do elenco irrepreensível, esteve Gloria, em seu melhor desempenho na TV desde Norma Pimentel, de Insensato Coração (2011). Glorinha é atriz de grandes papeis; não se adequa a qualquer personagem de peso, mas sem estofo, como os que recebeu em Suave Veneno (1999) e O Outro Lado do Paraíso (2017), por exemplo. Agora, é esperar para ver “Dona Lola” como vilã de João Emanuel Carneiro. Autor e atriz acumulam bagagem considerável neste setor…
Em baixa
Lamentável a postura adotada pelo SBT – atribuída por jornalistas e nas redes sociais a Silvio Santos – com relação a Lívia Andrade, agora ex-apresentadora do Fofocalizando. Óbvio que Lívia errou ao disseminar fake news sobre a venda de álcool gel ungido, de valores exorbitantes, por igrejas evangélicas. Pedir desculpas, como ela fez, não foi nada além da mera obrigação. O assunto poderia ter se encerrado aí se a Igreja Universal não tivesse vestido a carapuça.
Condenada, assim como Chris Flores, por bispos da instituição religiosa ligada à Record, Lívia acabou rifada do vespertino por tempo indeterminado. Uma suposta resposta de Silvio ao amigo Edir Macedo, com quem mantém negócios. Silvio é, notadamente, adulador; especialmente de quem está ou se afina com o poder. Lívia não. Espero que os anos de SBT, nos quais ela cresceu muito como profissional, possibilitam voos mais altos, para longe da gaiola do “patrão”.
Fecha a conta
O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta pediu que os brasileiros “desliguem um pouco a televisão”. Segundo Mandetta, “há quantidade de informações e, às vezes, os meios de comunicação são sórdidos porque eles só vendem se a matéria for ruim”. O comentário rendeu editorial do Jornal Nacional, aplaudido por Rachel Sheherazade – jornalista condicionada pelo mesmo Silvio Santos citado acima à condição de leitora de TP.
A fala de Luiz Henrique, ministro bem intencionado e habilidoso em suas funções, reforça o “discurso anti-imprensa” do Presidente da República Jair Bolsonaro. Não desligue sua televisão. Não deixe de ler seu jornal. Não pare de buscar informações em sites confiáveis. Há alarmismo? Há. Mas antes você se informar em veículos de credibilidade reconhecida do que em correntes disparadas por políticos e seus lacaios via WhatsApp.
Duh Secco é "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.