Depois de conhecer as belezas naturais do Pantanal durante as gravações do folhetim de Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa, Gabriel Stauffer, que na trama dá vida a Gustavo, na primeira fase do folhetim (depois é Caco Ciocler), apaixonou-se pela região que é considerada a maior área úmida continental do planeta.
VEJA ESSA
“Essa foi a minha primeira vez no Pantanal e foi demais! Uma experiência única na minha vida. Foram 13 dias que fiquei no Pantanal e pude conhecer esse bioma do Brasil que nunca tinha visitado antes”, explica.
Apesar de morar no Rio de Janeiro e estar acostumado com as altas temperaturas, Gabriel conta que o calor do Pantanal é ainda maior e isso foi algo que ele estranhou no tempo em que esteve gravando a novela.
“Nunca tinha experimentado um calor como aquele, é muito quente! Lá estávamos no meio do rio, tinha jacaré e capivara ao meu lado se banhando (risos), aconteciam esses perrengues. Estávamos numa fazenda, e para irmos até o set pegávamos avião, mas era maravilhoso porque a vista era deslumbrante, amei andar de avião por lá”, conta o ator, que depois do trabalho retornava para a fazenda de carro.
“A volta era sempre de carro, levávamos cerca de 2 horas e 30 minutos até chegarmos à fazenda. Passávamos por muitos buracos, tínhamos que abrir porteiras e existia aquele medo de sermos atacados por animais (risos)”, fala.
Encantado com tudo o que viu e vivenciou, ele fala da importância de se preservar o bioma Pantanal. “Fiquei encantado com o Pantanal. A cada nova locação que a gente ia era um encanto diferente. É um lugar maravilhoso que temos que cuidar. Estou em quarentena há mais de um ano e me acostumo a olhar as coisas pelo celular ou computador. E de repente estar nessa imensidão onde você olha o horizonte a quilômetros de distância, é inexplicável. O olhar da gente muda, a maneira de ver as coisas passa a ser outra”, afirma.
Reflexões nas gravações
E não foi só a fauna, a flora ou o pôr do sol indescritível de cor alaranjado do Pantanal que encantaram o ator. O contato com os moradores locais fez com que Gabriel refletisse sobre diversos assuntos sobre a vida.
“Uma das melhores experiências que tive foi a de conhecer os moradores locais. Na fazenda onde estávamos nós fizemos muito contato com os peões. E entender esse outro Brasil, encontrar pessoas que vivem de maneira totalmente diferente de você, do ambiente cosmopolita do Rio de Janeiro, foi o maior aprendizado na minha vida”, explica.
E complementa: “Não posso me esquecer da experiência de nadar no rio e o jacaré estar ao seu lado. Só que eles são mansos, e a gente se acostuma a nadar com o jacaré ali, bem perto. Aquilo é uma coisa normal no Pantanal. Comi jacaré e peixes que nunca tinha comido como o pintado, é delicioso. E ainda comi linguiça de pacu, uma maravilha”.
Sem ter visto toda a novela, apenas os dez primeiros capítulos da primeira versão de Pantanal, Gabriel diz que assistir essa parte da trama foi importante para entrar no universo do personagem que ele define como uma pessoa educada, inteligente e racional.
“O que ele tem de mais forte é a racionalidade e a empatia. O Gustavo se preocupa com as outras pessoas e consegue entender bem tudo o que está acontecendo. O maior defeito é ser inconsequente nessa paixão pela Madeleine. É tão inconsequente que tira a Madeleine com o filho da casa do José Leôncio. É um ato de coragem. Ele só quer o amor da Madeleine. E para isso não mede esforços”, finaliza.
O carioca Márcio Gomes é apaixonado pelo jornalismo, tanto que o escolheu como profissão. Passou por diversas redações, já foi correspondente estrangeiro dos títulos da Editora Impala de Portugal como Nova Gente, Focus, Boa Forma, e editor na revista de BORDO. Escreveu para várias publicações como Elle, Capricho, Manchete, Desfile, Todateen, Shape, Seleções, Agência Estado/Estadão, O Fuxico, UOL, entre outros.