A pandemia de Covid-19 trouxe uma série de mudanças no jornalismo de várias emissoras do Brasil – e do mundo, também. Diante deste momento em que as pessoas buscam informações a todo instante para sanar dúvidas e curiosidades acerca de uma doença desconhecida e avassaladora, a Globo decidiu mudar sua programação durante todo o dia e investir no jornalismo.
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No entanto, diferente do que podemos ver em alguns canais, a emissora apostou na prestação de serviços e, claro, no combate às notícias falsas de forma sensata.
Tal ajuste de programação mostrou que a Globo optou pelo jornalismo sem apelo e, diante dos dados de audiência, mostrou que conseguiu reerguer a faixa vespertina, a do Jornal Hoje, instável por conta da concorrência com a Record e o SBT.
Além dos matinais Bom Dia São Paulo e Bom Dia Brasil, que tiveram mais destaque na programação com o aumento de tempo para dar mais informações aos telespectadores, a Globo criou o programa Combate ao Coronavírus, apresentado por Márcio Gomes. Na atração de Gomes, infectologistas e médicos eram presenças corriqueiras a fim de elucidar dúvidas e trazer mais informações sobre a doença que crescia silenciosamente.
Na parte da tarde, o Jornal Hoje, que se via em segundo lugar de audiência, sentiu o gosto da liderança como nunca viu nos últimos meses. Com uma linha editorial mais “clean”, sem muito apelo ou sensacionalismo, o JH decolou.
À noite, o Jornal Nacional mostrou seu conteúdo começando às 20h30 e ultrapassando uma hora de duração. O telejornal comandado por Renata Vasconcellos e William Bonner também viu seus números de audiência crescerem, engolindo seus concorrentes no horário.
Bonner e Vasconcellos não poupam críticas às atitudes do Governo Federal diante das medidas adotadas pelo combate da pandemia. O telejornal tem ganhado força nas redes sociais diante das acusações que vem fazendo e, com isso, ampliado ainda mais sua repercussão. Vale ressaltar que a Globo não está alinhada com o Palácio do Planalto.
As mudanças, feitas logo no começo da pandemia, resultaram em uma disparada de audiência da Globo. Resta saber se com o fim da doença, ou quando a quantidade de informações saturar, o público se manterá fiel aos noticiários.