O comediante Fernando Caruso e o roteirista Ulisses Mattos conversaram com o público da CCXP19 sobre o novo Zorra, que vem tendo piadas mais politizadas na tela da Globo.
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Enquanto respondiam às perguntas da plateia, os contratados da Globo aproveitaram para elucidar alguns casos que muitas pessoa têm curiosidade em saber sobre censura na emissora. Questionados pela reportagem do RD1, Ulisses contou que ouve de tudo um pouco sobre a emissora em que trabalha.
“Eles falam da Globo na rua como sendo Globo golpista, Globo comunista, Globo Lixo. Eu não sei nem onde eu trabalho. Estou na Globo Comunista? Na Globo Golpista? Então, não tem isso“, começou Mattos.
“Eu posso falar que trabalhei por 10 anos no jornalismo, enquanto tinha minha carreira paralela de roteirista no humor até que virei roteirista. Eu sofri mais censura em jornal do que trabalhando na linha de entretenimento da Globo onde ninguém nunca falou que eu não podia fazer algo“, destacou o roteirista do Zorra.
Fernando Caruso, por sua vez, confidenciou que sofreu censura em um canal da TV paga. “Eu sofri mais censura no Multishow com os programas que eu criava lá do que no Zorra, na Globo da TV aberta”, finalizou.
Humoristas do Zorra, da Globo, tiram sarro de novelas da Record
O humorista Fernando Caruso e o roteirista Ulisses Mattos, ambos do Zorra, da Globo, marcaram presença no stand da Globoplay, dentro da CCXP19, que aconteceu entre os dias 5 e 8 de dezembro, em São Paulo. Em um bate-papo com os presentes, Caruso aproveitou para tirar sarro das novelas da Record.
“Hoje, vamos falar um pouco do processo de criação do Zorra. Quando falamos aqui de quadros nerds, existe um desconto que temos que dar, pois nem sempre conseguimos ser específicos como gostaríamos”, começou Fernando Caruso sobre como é o processo de criação dos quadros para o humorístico da Globo.
“Eu adoraria fazer um quadro sobre o Caçador de Marte, por exemplo, mas o público civil não conhece os personagens que a gente conhece, então, temos que ter o cuidado de falar ao mesmo tempo com o público conhecedor – o público nerd – e o público civil, para não afastar. Até porque, se começarmos a fazer quadros muitos específicos, alguém pode dizer que ninguém está entendendo nada e aí, pode ser que acabem as esquetes nerds, aí eu vou pra Record“, disparou o humorista.
Fernando ainda emendou: “Vou fazer novela bíblica, porque lá pode superpoderes. Vou ressuscitar mutantes. Não preciso nem de maquiagem“.
