Longe da TV há 16 anos, desde que interpretou a Condessa Tomásia na novela A Escrava Isaura (2004), atualmente exibida nas tardes da Record, Mayara Magri confirmou durante uma live com o autor Santiago Santiago que foi boicotada pela emissora de Edir Macedo depois que o seu marido, o diretor Herval Rossano (1935–2007), deixou a dramaturgia do canal para trabalhar no SBT, em 2006.
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Tiago tocou no assunto ao lembrar que não conseguia mais escalar a atriz em seus trabalhos e revelou uma interferência da direção da Record contra Magri, embora a atriz continuasse sendo contratada pelo canal.
“Você sabe que, por mim, eu teria escalado você muito mais em novela, é que eu não estava sozinho. Eu não tive oportunidade de falar isso pra você ainda… Essa coisa do Herval ter saído da Record, talvez tenha sido determinante nesse sentido de eu ter conseguido”, contou.
“Eu nunca mais voltei a trabalhar lá. Todo mundo ficou lá por anos, a maioria pelo menos, e eu não”, lamentou a atriz. “Você foi uma profissional maravilhosa, só porque você tinha um relacionamento com o Herval e o Herval tinha saído… Tem umas coisas na televisão que são difíceis de entender”, defendeu Tiago. “Exatamente”, encerrou Mayara.
Santiago também reclamou do baixo valor que recebe pelos direitos autorais de A Escrava Isaura: “Eles ganham muito dinheiro com isso, tinha que ver essa questão de direitos autorais, tem muita gente reclamando aí, pô”. Mayara desconversou e confirmou apenas que recebe os royalties pelas exibições no Brasil. “Mas passa no mundo inteiro, Mayara!”, reivindicou o escritor.
Figura frequente em novelas dos anos 80 e 90, como A Gata Comeu (Globo, 1985), Dona Beija (Manchete, 1986) e Éramos Seis (SBT, 1994), Mayara Magri chegou a ser sondada para o elenco de Apocalipse, em 2017, mas acabou sendo cortada da produção.
A atriz admite que deixou de receber convites para a TV, talvez pelo fato de ter ficado tanto tempo fora do ar, e nos últimos anos ela tem se dedicado exclusivamente ao teatro.
