Ney Latorraca abre o coração e revela que o sucesso o deixou doente

Da Redação

13/02/2021

Ney Latorraca

Ney Latorraca relembrou sua carreira (Imagem: Reprodução / Globo)

Com 76 anos de idade e com quase 60 de carreira, Ney Latorraca, que iniciou no teatro e foi para a televisão em 1968, na TV Tupi, interpretando um papel pequeno na novela Beto Rockfeller, relembrou sua trajetória no programa Persona em Foco, da TV Cultura.

Após os primeiros anos na vida artística, a grande virada na carreira aconteceu em 1974, quando ele viveu um par romântico com Nathália Timberg na novela Escalada, na Globo.

De acordo com o famoso, ele não soube lidar muito bem com a fama. “O sucesso mexeu comigo, não sabia que o sucesso era tão violento desse jeito”, revelou Ney.

“Eu queria tanto aquele sucesso popular e aconteceu. Fiquei com medo na época, fiquei doente“, confessou o ator, que revelou que paga pelo preço da vaidade ainda atualmente. “Pago até hoje pela minha vaidade. Pago caro”, disse o artista sem dar detalhes.

Por falar em sucesso, na segunda novela que fez na Globo, a trama O Grito, o ator foi indicado, pela extinta revista Amiga, ao título de Rei da Televisão. Na época, os concorrentes dele eram ninguém mais, ninguém menos que Roberto Carlos e Tarcísio Meira.

Olha que loucura isso para um ex-aluno de teatro em São Paulo, pobre, filho de um casal pobre, estar ao lado desses nomes. Mas sempre quis isso, o sucesso”, pontuou.

Outro momento lembrado por Latorraca foi sobre o musical Hair, de 1969. No papo, o veterano confirmou a “lenda” do teatro brasileiro, que dizia que o tamanho dos pênis dos atores determinava a ordem em que eles ficariam no palco, ou seja, do maior para o menor.

É verdade, sim. O [Antônio] Pitanga vinha na frente e eu lá no fundo. Eu não estava com essa bola toda e nem estou até hoje“, divertiu-se.

No final da conversa, Ney Latorraca revelou que já está com seu testamento pronto. Casado há mais de 24 anos com o ator e diretor Edir Botelho, o artista, que não tem filhos, revelou que seu patrimônio será deixado para instituições, como o Retiro dos Artistas e a ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação).

“É um desejo da minha mãe também. Acho que é assim que tem que ser. O que eu ganhei com o teatro tem que voltar para essas causas. Essa é a missão do artista, pelo menos para mim”, justificou.

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