Regina Duarte tomou posse como secretária especial da Cultura na última quarta-feira (4), garantiu que o seu grande proposito será de “pacificação” entre o governo e a classe artística e reforçou que recebeu carta branca do presidente Jair Bolsonaro.
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“Meu propósito aqui é de pacificação, diálogo permanente com o setor cultural, estados e municípios, Parlamento e com os órgãos de controle”, assegurou a atriz.
Segundo a revista Veja, no cerimonial, os organizadores reservaram na plateia, com celebridades e membros do governo, um espaço para os fãs da ex-Globo, considerada até hoje como a “namoradinha do Brasil”.
No discurso, a famosa citou a boa relação com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e lembrou um trecho de Samba de Orly, música composta durante a ditadura militar pelo cantor Chico Buarque, Toquinho e Vinícius de Moraes: “General Ramos me incentivou muito: ‘Vai lá, antes que um aventureiro lance mão'”, recordou.
Regina aproveitou o momento e deu uma alfinetada no capitão. “O convite que me trouxe até aqui falava em porteira fechada e carta branca. Não vou esquecer não, hein presidente”, brincou.
“Regina, todos os meus ministros também receberam seu ministério de porteira fechada. Por isso, tem liberdade de escolher seu time”, reagiu Bolsonaro. O termo “porteira fechada” é conhecido no meio político para indicar que o membro do governo tem liberdade para a escolha de nomes para a sua pasta. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
“Obviamente, em alguns momentos, eu exerço o poder de veto de alguns nomes. Eu já fiz em todos os ministérios. Até porque, para proteger a autoridade. Isso não é perseguir”, ponderou.
Bolsonaro enfatizou que se considera um amigo da atriz. “Nós achamos uma pessoa certa que agora pode valorizar, por exemplo, a Lei Rouanet, que foi mal utilizada no passado”, recordou o presidente. “Com a chegada dessa grande mulher, nós estamos colocando nas mãos de quem realmente entende do assunto esse desafio”, concluiu.
