Um repórter da Globo passou por um momento angustiante enquanto cobria ao vivo a megaoperação no Rio de Janeiro.

Durante a transmissão do Bom Dia Rio, imagens chocantes começaram a ser exibidas de corpos expostos, o que levou o repórter a correr desesperadamente à frente da câmera para impedir que o público assistisse à cena.
O desespero foi evidente, e a transmissão foi rapidamente redirecionada para evitar a exibição das imagens perturbadoras.
O caso no Rio de Janeiro
A megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha resultou em uma tragédia humana de grandes proporções. O governo do Rio de Janeiro confirmou, nesta quarta-feira (29), que 121 pessoas morreram, incluindo 4 policiais e 117 suspeitos, o que tornou essa operação a mais letal da história do estado.
De acordo com o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, moradores do Complexo da Penha encontraram pelo menos 74 corpos, os quais foram levados para a Praça São Lucas, uma das principais vias da região, ao longo da madrugada do dia 29.
O pessoal descobrindo os corpos pra mostrar no Bom Dia Rio e o repórter da Globo entrando na frente da câmera desesperado pra não mostrar nada
Esse é o dia seguinte de um dos maiores caos da história do Rio de Janeiro pic.twitter.com/qlpKC4xtZn— Oliveira ˢᶠᶜ (@yuriolisfc) October 29, 2025
A operação resultou em um número elevado de vítimas, e as imagens e relatos que chegaram à mídia indicam a magnitude e o horror dos confrontos.
Números e atualizações
Inicialmente, o governo informou que o número de mortes era de 64, mas em uma atualização posterior, o número de mortos foi alterado para 121, sendo que 54 dos mortos eram criminosos, conforme relatado pelo governador Cláudio Castro. A razão para a diferença nos números não foi esclarecida.
A perícia que será realizada visa verificar a possível relação entre as mortes encontradas na mata e a operação policial. Muitos dos corpos encontrados estavam em uma área de mata no Complexo da Penha, na Serra da Misericórdia, onde ocorreram os intensos confrontos entre traficantes e forças de segurança.
Repercussão da operação
O governador Cláudio Castro considerou a operação um “sucesso”, mas a sua postura foi criticada pela ausência de uma abordagem mais cuidadosa em relação às mortes, especialmente as dos moradores e suspeitos. Ele se referiu às mortes de policiais como “vítimas”, mas evitou comentar sobre os corpos encontrados na mata.
Enquanto isso, a situação continua a repercutir nas redes sociais, com muitos questionando a violência e os desdobramentos de uma operação que resultou em tantas vidas perdidas, deixando claro o impacto dessa megaoperação no Rio de Janeiro.
 
    Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]

 
                 
                 
                