Samantha Schmütz reage contra rótulo de patrulheira, detona Bolsonaro e alfineta famosos

Samantha Schmütz
Samantha Schmütz detonou Jair Bolsonaro e alfinetou famosos (Imagem: Reprodução/ TV Cultura)

Samantha Schmütz esteve no Manhattan Connection, da TV Cultura, da última quarta-feira (30), e falou sobre as mais recentes polêmicas envolvendo o seu nome. A humorista rebateu o rótulo de “patrulheira”, após ter criticado alguns famosos por não se posicionarem contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Talvez por ter colocado o meu pensamento para todos e ter me revelado, possa ter revelado o outro, mas o meu objetivo era só fazer um questionamento, até para mim mesma. O que estamos fazendo com as nossas redes sociais? Esse questionamento que tive comigo, com as redes e com a minha classe, talvez tenha incomodado. Aí não é comigo, é a pessoa com a análise dela”, desabafou a famosa.

A artista, então, falou sobre a “patrulha”: “Acho que não é a palavra, cada um usa a que quiser, mas apenas fiz uma reflexão dos dias atuais, do uso das redes”.

Samantha Schmütz aproveitou para defender o debate entre todos os lados: “Meu trabalho agora é de tentar achar essa linguagem que vai chegar em quem pensa diferente de mim, que a gente possa conversar e chegar em um denominador comum”.

“A minha luta agora não tem relação com partido, o meu questionamento foi muito mais direcionado à classe [artística], em relação à gestão da pandemia, como a gente poderia ajudar com a nossa voz?”, garantiu a famosa.

Ainda na entrevista, ela foi questionada sobre o que acha mais chocante no Governo Bolsonar: “incompetência, a corrupção ou a boçalidade dele?”. “Pode escolher as três? A ordem dos fatores não altera o produto”, reagiu a artista.

No mês passado, Samantha esteve no Saia Justa e se disse decepcionada com toda a situação e afirmou que decidiu parar de engajar nas redes sociais todos aqueles que têm se mostrado isentões.

“Quem tem voz, tem que falar. Pra que você tem voz? A gente tem que silenciar quem não quer falar. Eu não parei de seguir muitas pessoas que eu até gostaria, mas eu não vou dar like, não vou curtir, não vou dar engajamento pra quem não tô vendo se preocupar com o país. Eu fico indignada com quem tem voz e não fala”, comentou.

“Nesse momento, não é uma coisa de escolher partido ou candidato. É ficar do lado da vida dos brasileiros. Pra que que a gente conquistou tanta voz? Pra que a gente tem milhões de seguidores? É só pra vender produto? É só pra isso? Não, gente! Podem até não concordar comigo, mas eu penso assim. Pra mim não adianta ter voz se eu não poder usar”, continuou.

“Eu sempre me posicionei porque desde o dia 1, falando da nossa área, é um governo que é contra a cultura. E aí se posiciona quem quer. Mas acho que agora, nessa situação de vida e morte, não é escolha. Essa coisa da morte do Paulo e ele era um símbolo, uma alegria pro Brasil. Isso mexeu muito comigo e dois dias após o enterro de Paulo, eu vi o presidente imitando uma pessoa sem ar e eu fiquei, ‘não, não é possível”, disse ainda.

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Luiz Fábio AlmeidaLuiz Fábio Almeida
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]