Primeira experiência da Globo a ser desenvolvida com exclusividade para o Globoplay, a série “Assédio” vai estrear a sua primeira temporada completa na TV Aberta no dia 3 de maio. No ano passado, o primeiro episódio chegou a ser exibido na emissora como forma de divulgação do lançamento da produção na plataforma de streaming.
Baseada em fatos reais, a trama conta a história de união de mulheres que formaram uma rede para denunciar uma sequência de abusos sexuais cometidos por um médico bem-sucedido e respeitado.
Ícone de reprodução humana, o médico Roger Sadala (Antonio Calloni) prometia o paraíso como resposta aos anseios de maternidade de suas pacientes. Fragilizadas por suas próprias frustrações e inseguranças, elas estabeleceram, por medo ou vergonha, um pacto de silêncio que perpetuava o algoz num pedestal enquanto seguiam devastadas por dentro. Até que uma voz rompe essa redoma e seu som solitário ecoa em outras feridas.
“Vamos falar sobre essas mulheres que em algum momento deixam de ser apenas vítimas de assédio e violência sexual e passam a ser protagonistas das suas histórias. Elas representam esse mundo que está mudando. Vamos falar de uma sociedade que há muito tempo está calcada em um modelo machista de funcionamento, de coisas que são consideradas naturais e normais, e não deveriam ser. Os assédios e, sobretudo, os estupros e a violência sexual são o ponto mais radical desse funcionamento. Estamos falando de mulheres que são atacadas por um médico especialista em fertilização. São mulheres que estão com uma fragilidade emocional, que desejam muito um filho e se sentem fracassadas por não ter. Então recorrem a esse homem, como última esperança de realizar esse sonho”, explica a autora Maria Camargo.
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A diretora artística Amora Mautner acredita que ter muitas mulheres envolvidas na série ajudou na concepção de todo o projeto. “Estar com outras mulheres para falar deste assunto nos deu esse privilégio. Temos a sensação comum de já termos sido assediadas em algum momento da vida, em algum aspecto”, conta, explicando ainda o conceito da escalação das atrizes. “Desde o início, como o conceito era ser plural, representar várias mulheres e vítimas, fizemos uma escalação que misturou grandes nomes da TV com pessoas ainda não tão conhecidas do grande público, mas muito prestigiadas no teatro. Todos estão brilhantes”.
Escrita por Maria Camargo, com Bianca Ramoneda, Fernando Rebello e Pedro de Barros, a obra é livremente inspirada no livro “A Clínica: A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih”, de Vicente Vilardaga. A direção artística é de Amora Mautner, direção-geral de Joana Jabace e direção de Guto Botelho.
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