Não demorou muito para a verdade vir à tona. O historiador Marco Antonio Villa, comentarista e colunista da revista IstoÉ, anunciou sua saída da rádio Jovem Pan. “Professor Villa”, como era conhecido, abriu o jogo sobre o término de seu contrato com a emissora de rádio.
“Eu decidi que não queri mais voltar para a Pan. Não tinha mais nem condições de voltar a trabalhar lá. Senti que não havia mais clima depois de me darem uma quase punição”, disse Villa.
À época, Villa declarou que estavam querendo calar sua voz. “Mas claramente tem um lado político, querem calar a minha voz. Não me dobro, nunca me dobrei. A minha ação é sempre a mesma. Tenho uma visão de mundo e de Brasil, minha leitura se mostra sempre crítica da conjuntura”, falou em entrevista à revista Veja.
“Te incomodava a postura da Jovem Pan em relação ao atual governo?”, indagou a revista ao historiador, que respondeu: “Não me incomodava porque não me desviei do meu caminho. Mantive minha análise independente. Da mesma forma que eu critiquei os governos do PT, estou criticando o governo Bolsonaro”.
Sobre os próximos passos na carreira, Villa contou que está recebendo milhares de mensagens e que seguirá postando vídeos comentando o cenário político atual. “Estou trabalhando para potencializar minhas redes sociais, postando sete vídeos e comentários por dia. Tenho recebido muito apoio, centenas de mensagens. Meu retorno está na carta como 24 de junho, dia de São João. Mais não sei se vou pular fogueira ou não. Estou pensando, refletindo. É inegável que houve um desrespeito ao meu trabalho”, disse.
Marco Antonio ainda contou como foi recebida a notícia do afastamento. “Recebi a notícia na sexta-feira (24), depois do Jornal da Manhã. José Carlos Pereira (vice-presidente da emissora) me enviou uma mensagem dizendo que eu deveria aguardar por ele para conversarmos. Ele me falou, então, que havia uma exigência do Tutinha (presidente da JP) para que eu não comparecesse ao trabalho nos próximos trinta dias. Eles já estavam me pressionando havia dois meses, mas pedi que me enviassem a determinação por escrito”, detalhou Villa.
Sobre a “pressão”, o historiador contou que não tem como provar e, por isso, prefere não comentar. “Eu não tenho como provar, então prefiro não falar muito. Mas digamos que não estavam satisfeitos com a minha leitura da atual conjuntura política. Na internet, os extremistas de direita me atacaram durante semanas exigindo minha demissão. Eu não sou moleque, tenho uma história. Marquei meu nome no jornalismo político e estou há quatro anos e meio na Jovem Pan”, encerrou.
Confira a versão da Pan sobre o caso:
Felipe Moura Brasil, diretor de jornalismo da Jovem Pan, esclarece a situação de Marco Antonio Villa pic.twitter.com/CWtO1ck5zY
— Vinicius Carrion F. Pires (@viniciuscfp) 28 de maio de 2019
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