Daniel Dantas é sempre associado às figuras de boa índole, como o Heitor de Paraíso Tropical (2007), em reprise no Canal Viva. Logo, o Túlio de Um Lugar ao Sol deve impactar o público. Na próxima novela das 21h da Globo, Daniel encarna um tipo definido pela autora Lícia Manzo como “capitalismo selvagem”. Ator e autora falaram sobre o personagem na coletiva de imprensa realizada ontem (29).
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“O Túlio é esse psicopata que o capitalismo, fundamentalmente, exige. Ele é estimulado, o tempo todo, a não ter nenhuma empatia, só pensar em si”, definiu Daniel. “Tudo pra ele é instrumento pra própria satisfação e o outro, basicamente, não existe”, completou o ator. Embora associado à maldade que todo folhetim exige, Túlio é, nas palavras de Dantas, engraçado e irônico.
Na trama assinada por Lícia, Túlio almeja o comando dos negócios da rede de supermercados criada por seu sogro, Santiago (José de Abreu). O objetivo, no entanto, fica mais difícil de ser atingido com a crise no casamento com Rebeca (Andréa Beltrão) e a mudança no perfil do cunhado Renato (Cauã Reymond) – na verdade, Christian (também Cauã), que assume o lugar do irmão gêmeo.
Túlio conta com a cumplicidade de Ruth (Pathy de Jesus), colega de trabalho e amante. Os dois, contudo, caminham sempre para o rompimento, já que os perfis similares indicam que, a qualquer momento, um pode “passar a perna” no outro. “No fundo, os dois sabem que se bater um interesse forte fora, ‘eu largo essa parceria e vou pra onde tenho mais vantagens’”, avisou Daniel Dantas.
O ator celebrou a parceria com Pathy. “A gente se entendeu super bem, super rápido. A gente entendeu que eles têm um afeto, mas isso anda o tempo todo numa linha muito fina”, ponderou ele a respeito dos personagens. A atriz, por sua vez, celebrou o fato de ter sido escalada para um tipo que, comumente, não é atribuído a negras. “A gente também quer fazer a rica, a malvada, andar de carrão”, sentenciou.
