Nesta semana, o Jornal Nacional contou com dois momentos, digamos, inusitados envolvendo o âncora e editor-chefe William Bonner. Na terça-feira (21), Bonner revelou uma história curiosa envolvendo Avenida Brasil (2012), durante sua passagem pela Croácia. Na quinta (23), ele testou o aplicativo Conecte SUS ao vivo. As passagens, claro, reverberaram na web.
VEJA ESSA
O noticiário mais visto do país adotou a descontração há tempos. Mas a sisudez, de certa forma, se mantém. Bonner parece disposto a romper de vez com tal modelo. O “tio”, como ficou conhecido por suas interações no Twitter, deve tomar espaço do jornalista quando ele deixar a bancada?
Em outubro, quando questionado sobre o Jornal Nacional daqui a 10 anos, William Bonner afirmou: “Eu certamente vou ver de casa porque eu não pretendo estar com essa idade toda apresentando o JN. Eu vou estar com 67 anos. Gente, o tio tem que descansar também. Vamos devagar, né?“.
Se Bonner vai se aposentar de fato, ainda não sabemos. Mas o entretenimento parece o caminho óbvio. Talvez, algo na linha adotada por Pedro Bial, que saiu do Fantástico – e do BBB – para o Conversa com Bial e hoje responde também por séries documentais e projetos especiais do Globoplay.
Aliás…
A escala de fim de ano levou Bruno Tavares ao boletim sobre a pandemia de Covid-19 no JN. Excelente repórter, Bruno demonstrou habilidade também na ancoragem. E fez lembrar Márcio Gomes e Alan Severiano, duas apostas certeiras da cobertura. Ainda é cedo para qualquer projeção, claro, mas considerando a desenvoltura e a segurança de Tavares é bem provável que logo ele surja como apresentador eventual nas escalas de fins de semana e feriados.
Ponto final
Convenhamos: as reclamações sobre a ausência de Regina Duarte do especial 70 Anos Esta Noite, exibido na última terça-feira (21), parecem mais recalque de bolsonaristas do que de apreciadores do gênero. Ela contribuiu para o burburinho ao compartilhar uma imagem com a frase “Regina, você é maior que Rede Globo”. Cabe lembrar que a emissora e a atriz foram parceiras por anos, uma contribuiu com a outra até Regina optar por romper o vínculo e emprestar sua imagem a Jair Bolsonaro. É fato que a decisão dela não apaga a carreira – reverenciada no especial com material de arquivo. Mas tudo que ela falou e fez a coloca distante da casa em que passou décadas, dos colegas e da arte.
