Zezé Di Camargo e Luciano quebraram o silêncio sobre uma das brigas que marcou a carreira da dupla sertaneja e, em entrevista ao jornal Extra, abriram o coração sobre a relação profissional e afetiva entre os dois filhos de Francisco.
“Mesmo antes de cantar com ele, eu sempre tive a visão de Zezé como um pai, por ele ser o mais velho de todos os irmãos. Lá em casa sempre houve essa coisa da hierarquia, do respeito ao mais velho. Se ele puxa a minha orelha, eu baixo a cabeça”, revelou Luciano.
“Não existe preferência, seria injusto da minha parte dizer que amo mais um irmão do que outro. Por ser o mais velho, desenvolvi um papel de pai, ainda mais num lar humilde como o nosso. Eu ajudei, verdadeiramente, a criar todos os meus irmãos”, disse Zezé.
“Quando adolescente, arrumei emprego para levar dinheiro e comida para dentro de casa. E, quando precisava dar umas palmadas, eu dava”, completou Zezé, nos bastidores de um show em Barretos.
“No dia em que ele [Luciano] chegou lá em casa em SP, ainda um menino de 16 anos, determinado a me acompanhar na música. Luciano saiu de Goiânia num ônibus, ligou pra mim e disse: ‘Estou na rodoviária, vem me buscar. Vim pra cantar com você durante 15 dias. Se eu não prestar, pode me mandar de volta'”, revelou.
“E está comigo até hoje. Ele foi o oxigênio que eu precisava naquele momento para continuar brigando pela música. Tenho um orgulho imenso dessa determinação que ele teve de acreditar no sonho da dupla, de cantar comigo”, prosseguiu o vocalista.
“Costumo dizer que Zezé é como capim: enverga, mas não quebra. Independentemente da situação, eu me orgulho de ver que meu irmão permanece sempre de pé. Agora, um orgulho específico que eu tenho é ter estado presente quando compôs ‘É o Amor'”, relembrou Luciano.
“Naquela madrugada, eu disse: ‘Quero ficar do seu lado, Mira (eu chamava ele assim), ver você compor’. É um orgulho tardio, porque essa música se transformou no grande sucesso da nossa história”, contou.
Briga entre Zezé Di Camargo e Luciano em 2011
“Quando nós brigamos lá em Curitiba (em 27 de outubro de 2011, Zezé subiu ao palco sozinho depois de uma desavença no camarim com o irmão). Mas, no dia seguinte, ele passou mal, foi para o hospital, e eu comecei a chorar e segurei na mão dele. Coisa de irmão, não tem jeito. Você fica bravo, mas ama. O amor supera tudo”, revelou Zezé.
Luciano, que chegou a mencionar o fim da dupla, declarou: “Nunca tive raiva dele. Posso dizer com toda a franqueza que esse sentimento eu não tenho, não. Já discutimos, é natural entre irmãos, mas nunca partimos para a agressão física”.
“Não me lembro de Zezé ter levantado a mão pra mim, nem quando eu era criança. Marlene (outra irmã), sim, me dava uma surra por semana (risos), sempre foi a minha segunda mãe. Mas reafirmo: sou uma pessoa que não guarda raiva”, contou.
“Posso até ficar triste, mas passa depois. Eu e Zezé ficamos sem nos falar, no máximo, por um dia. Era o tempo de chegar a hora do próximo show para chorarmos abraçados um com o outro. Até mesmo quando anunciamos a separação da dupla foi por um motivo bobo. Discutir com quem você ama é besteira!”, finalizou.
Hoje, a relação é só alegria. “A gente fala ‘Eu te amo’ um para o outro todo dia que a gente se vê”, disse Zezé. “Declaro meu amor a Zezé em todo show, no abraço, no olhar, com a voz… Acho que sou mais emotivo, acabo demonstrando mais”, complementou o irmão.
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