Segunda temporada de “Sob Pressão” aposta em grandes cenas fora do hospital

Júlio Andrade em cena da segunda temporada de "Sob Pressão" (Imagem: Mauricio Fidalgo / Globo)

Julio Andrade em cena da segunda temporada de “Sob Pressão” (Imagem: Mauricio Fidalgo / Globo)

Os novos episódios de “Sob Pressão”, com retorno previsto para outubro, não contarão apenas com cenas rodadas numa parte desativada do Hospital Nossa Senhora das Dores, Zona Norte do Rio de Janeiro – rebatizado, na ficção, de Luis Carlos Macedo (Macedão). O público agora poderá acompanhar o contexto dos acontecimentos que culminam com o encaminhamento dos pacientes à emergência da instituição.

Para a segunda temporada, trouxemos novos temas, novos personagens e também novos eventos. Agora, a realidade se impõe não somente dentro do hospital, mas também fora dele“, adianta o redator final Lucas Paraízo – André Sirangelo, Antonio Prata, Marcio Alemão assinam os roteiros, sob supervisão de Jorge Furtado. Os tais eventos vão de um grave acidente de ônibus ao desabamento de um prédio; da colisão de um caminhão numa passarela ao içamento de um paciente obeso pela varanda de um prédio.

A equipe de produção precisou atuar em locações externas, em cenas que chegaram a mobilizar cerca de 220 pessoas da equipe, sendo 4 dublês e 70 figurantes; no caso, o acidente de ônibus, sequência de uma tentativa de assalto, que desemboca no capotamento do veículo em que Carolina (Marjorie Estiano) está, despencando de um viaduto e explodindo em seguida. Foram cerca de cinco dias de gravações, dois ônibus (um deles, o danificado), dois guindastes (para tombar o coletivo) e uma escavadeira (para amassar a lataria).

A explosão consumiu 20 botijões de gás, 100 litros de querosene e 100 sacos de estopa. Somente a parte do fogo e o início da explosão foram simulados na locação, segundo o supervisor de efeitos especiais, Sergio Farjalla. “Essa foi a sequência mais complexa em termos de acting. Não é nem pela ação em si, mas você não consegue imaginar o ônibus capotado e de cabeça para baixo só olhando de lado. A gente só conseguiu imaginar isso capotando o ônibus de verdade. Tivemos que fazer um ensaio uma semana antes na locação com o ônibus já capotado”, conta o diretor artístico Andrucha Waddington.

Outra sequência, a do içamento de um paciente obeso, consumiu quatro dias de filmagem, envolvendo aproximadamente 80 pessoas. Para dar vida ao personagem, o ator Xando Graça usou um enchimento de corpo e pernas – semelhante ao utilizado no filme “O Professor Aloprado 2” (2000), estrelado pelo ator Eddie Murphy. Para rosto, braços e pés, a equipe de caracterização utilizou moldes e confeccionou próteses à base de silicone – aproximadamente 15 quilos de material. Ao todo, foram cerca de 40 dias produzindo todas as peças, que foram renovadas a cada uso.

A gente precisou fazer tudo de verdade. Arrancamos a varanda e tiramos o personagem de uma altura de cerca de 15 metros”, relatou Andrucha. A cena envolvia apenas o personagem do Xando, mas Julio Andrade, o protagonista Dr. Evandro, sugeriu que o médico acompanhasse o paciente no trajeto até o chão. Os atores foram içados juntos e fixados na maca de resgate por fitas – solteiro, mosquetão e de carga –, além de utilizarem um cinto cadeirinha e um colete de levitação. E cinco bombeiros, também dublês, especializados em ação nas alturas.

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Duh Secco
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Duh Secco

Duh Secco é  "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.