Uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PL), a deputada Carla Zambelli ficou irada com o delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, que acusou a congressista de “bandida” e “marginal”. Os termos foram usados em uma entrevista dele para a Globo.
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Os adjetivos da autoridade da PF foram um dos destaques da sua participação no Estúdio i, da GloboNews, o canal de notícias da Globo. O delegado afirmou que Zambelli passou a apoiar atividades ilegais na Amazônia.
Por causa disso, a deputada acionou a Justiça contra a Globo e vários dos seus comentaristas de política: Octavio Guedes, Natuza Nery, Marcelo Lins, Daniel Rocha e Andréia Sadi. Segundo o Notícias da TV, o delegado também entrou na mira da ação judicial.
No processo, que corre no 2º Juizado Especial Cível de Brasília, a aliada do presidente Bolsonaro pede uma indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil para Saraiva, emissora e comentaristas.
Aliada de Bolsonaro se irrita com discurso de delegado da Polícia Federal
No dia 14 de junho, a GloboNews chamou Alexandre Saraiva para uma entrevista exclusiva depois dos assassinatos do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Araújo. Em sua fala, o policial garantiu que o país criou uma “bancada do crime” no Congresso Nacional.
Além de Carla Zambelli, Saraiva listou os senadores Temário Mota (PROS), Zequinha Marinho (PL), Jorginho Mello (PL) e Mecias de Jesus (Republicanos), como apoiadores do garimpo ilegal.
“Temos uma bancada do crime, na minha opinião, uma bancada de marginais. Para mim, são bandidos, até pela forma como se comportaram quando eu fui convidado para ir a uma audiência”, expôs.
Depois da entrevista de Saraiva à GloboNews, a deputada pró-Bolsonaro prometeu processá-lo, mas sobrou para Globo e seus jornalistas. A Justiça não deu andamento no caso até o momento.
