Júlia Rabello dá detalhes de peça remota para ajudar profissionais de teatro

Da Redação

07/08/2020

Júlia Rabello

Júlia Rabello vai exibir remotamente a peça Romeu e Julieta (e Rosalina) para ajudar profissionais de teatro (Imagem: Divulgação)

Prestes a entrar em cartaz com o monólogo Romeu & Julieta (e Rosalina), Júlia Rabello contou sobre o novo projeto em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo. O espetáculo vai contar com sessão remota no próximo sábado (08).

A peça faz parte do projeto Teatro Já, idealizado por Ana Beatriz Nogueira, que pretende arrecadar dinheiro para ajudar financeiramente profissionais do teatro. A atriz explicou que os ensaios para a montagem são os únicos momentos nos quais sai de casa.

“No início de julho, os ensaios eram em casa. É louco fazer isso com os móveis todos afastados. Aí mais para o fim do mês passado, fui fazer uma visita ao teatro para ver qual seria o espaço. Tudo, claro, seguindo as orientações médicas. E, em seguida, passei a ensaiar lá”, contou ela.

A artista ainda explicou que tem obedecido as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para se preparar para este trabalho. “Fico sozinha no palco e o diretor, a metros de distância, na porta da rua, olhando de longe. Como diz o Paulo Betti, o teatro está respirando por aparelhos. E, para não deixá-lo numa situação ainda mais vulnerável, apresentar as peças on-line tem sido uma boa opção. Somos um grupo e precisamos cuidar uns dos outros”, disse.

Júlia Rabello, de 38 anos, também contraiu a Covid-19 e ficou em isolamento social e foi supervisionada por um médico. “Na primeira semana, os sintomas eram como os de uma gripe. Na segunda semana, fiquei mal. A coisa foi para o pulmão. É complicado pegar uma doença que põe o mundo inteiro em alerta e que a medicina ainda não sabe curar. O que me ofereceu um pouco mais de segurança foi ter um oxímetro (aparelho que mede o quanto de oxigênio está sendo transportado no sangue)”, ponderou.

O atual cenário devido a pandemia tem inspirado a peça, que se passa no século 16, quando a população enfrentou a peste. “Quando caiu a ficha de que o elemento fundamental do desencontro e da tragédia de Romeu e Julieta era a peste, ficamos surpresos. Julieta fingiu que estava morta para fugir com Romeu, e não o avisou. E essa informação não chegou a ele porque as pessoas estavam de quarentena! Era ainda pior do que o que vivemos hoje. As portas eram até lacradas”, revelou.

“Aí vamos trazer essas referências para a peça, claro, e também falar do que passou Rosalina, a mulher por quem Romeu era completamente apaixonado até o dia do baile. Ele deve ser dessas pessoas que têm a lua em Peixes, e tudo é sentimento. A história de Romeu seria com ela. Na peça eu uso a voz contemporânea para falar disso”, acrescentou. 

“Todo mundo acha que Romeu e Julieta é a história mais potente dos últimos tempos. E uma informação fundamental não ficou clara no texto original: eles se conheceram, se apaixonaram e tentaram se matar em quatro dias e meio. Isso é uma loucura, né?”, brincou, aos risos.

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